Coréia do Norte

segunda-feira, 30 de março de 2009



(Classificação por perseguição: Primeiro lugar, Categoria: severa)

Localizada na metade setentrional da Península da Coréia, no leste asiático, a Coréia do Norte é caracterizada por altas montanhas separadas por vales estreitos e profundos. Densas florestas cobrem cerca de dois terços do país.

A população coreana é de aproximadamente 23 milhões de pessoas. Uma parcela de 33% desse total possui idade inferior a 15 anos, enquanto mais de 60% dos habitantes vivem em áreas urbanas. A expectativa de vida é de 63 anos. Etnicamente, a população norte-coreana é constituída quase que totalmente por coreanos (99%). Há um pequeno número de chineses e japoneses. Tal situação - similar à realidade sul-coreana - permitiria que o evangelho se difundisse rapidamente no país, ainda que enfrentasse algumas barreiras culturais.

A história recente da Coréia do Norte tem sido bastante sofrida. A Coréia foi dividida em dois países logo após a II Guerra Mundial, como uma conseqüência da Guerra Fria. Antes disso, porém, o país foi ocupado pelo Japão por 35 anos, entre 1910 e 1945. Em junho de 1950, tropas norte-coreanas invadiram a Coréia do Sul em uma tentativa de unificar o regime comunista. O conflito armado durou três anos e culminou com a vitória sul-coreana, tendo causado sofrimentos significativos à região. A zona desmilitarizada entre os dois países continua sendo uma das áreas mais fortificadas e impenetráveis do mundo. A guerra quase irrompeu novamente no fim da década de 90, mas foi evitada graças a esforços diplomáticos. Não obstante, ainda há grande tensão entre as duas Coréias.

Atualmente, a Coréia do Norte é um Estado comunista controlado ditatorialmente por um homem - o presidente Kim Jong Il. A nação permanece fechada para o mundo exterior, porém as dificuldades econômicas e a fome crescente geraram alguma abertura, especialmente para ministérios de cunho social.

A economia norte-coreana é pobre e o trabalhador ganha em média apenas US$ 900 por ano. Mais da metade (64%) da força de trabalho atua na indústria e serviços. Quase 100% da população é alfabetizada e tem acesso à educação. Apesar de alguma modernização, a fome ainda é um problema social. Problemas sistemáticos, como a ausência de solo cultivável, a existência de fazendas coletivas e a falta de tratores e combustível, têm levado a Coréia do Norte a uma seqüência de períodos de escassez de alimento. As enchentes que ocorreram no verão de 2006, seguidas pelo tempo seco do outono, iniciaram o 13º ciclo de fome.

Há abertura para organizações humanitárias atuarem a fim de aliviar a fome da população. Mas, apesar disso, a população continua mal nutrida - 36% dela é subnutrida. Isso acontece parcialmente por causa da corrupta liderança das forças militares. Eles interceptam muitas cargas de alimento e desviam-na aos seus soldados. O próprio presidente Kim Jong Il disse , certa vez, que só precisa que 30% da população sobreviva.

Quase 70% da população não professa nenhuma religião. O restante segue crenças asiáticas como xamanismo, confucionismo ou budismo. A Coréia do Norte tem sido profundamente marcada por um "culto à personalidade" que elevou o falecido ditador King Il Sung à posição de deus. O governo utiliza severos controles para incutir essa ideologia sobre cada cidadão, que inclui o culto a Kim Il Sung e a seu filho Kim Jong Il, o atual presidente. Todas as religiões contrárias a esta ideologia são proibidas.

A Igreja

Menos de 2% da população é cristã, apesar de o cristianismo ter uma longa história na região. Antes da guerra, o país era palco de um reavivamento. A capital, Pyongyang, abrigava quase meio milhão de cristãos, constituindo na época cerca de 13% da população. Após a guerra, muitos cristãos fugiram em direção ao sul ou foram assassinados.

Atualmente, há três igrejas na cidade, mas elas são basicamente "igrejas de fachada", servindo à propaganda política. Quase todos os cristãos na Coréia do Norte pertencem a igrejas não registradas e clandestinas. O culto dos cristãos norte-coreanos modernos constitui de um encontro "casual" de dois ou três deles em algum lugar público. Lá eles oram discretamente e trocam algumas palavras de encorajamento.

A perseguição

A perseguição aos cristãos foi intensa durante o período de dominação japonesa, especialmente devido à pressão exercida pelos dominadores para a adoção do xintoísmo como religião nacional. Desde a instalação do regime comunista, a perseguição tem assumido várias formas. Em um primeiro momento, os cristãos que lutavam por liberdade política foram reprimidos. Depois, o governo tentou obter o apoio cristão ao regime, mas como não teve êxito em sua tentativa, acabou por iniciar um esforço sistemático para exterminar o cristianismo do país. Edifícios onde funcionavam igrejas foram confiscados e líderes cristãos receberam voz de prisão. Ao serem derrotados na Guerra da Coréia, soldados norte-coreanos em retirada freqüentemente massacravam cristãos com a finalidade de impedir sua libertação.

Ser cristão é perigoso na Coréia do Norte - por isso o país ocupa, pelo sexto ano consecutivo, a primeira posição na Classificação de países por perseguição. O Estado não hesita em torturar e matar qualquer um que possua uma Bíblia, esteja envolvido no ministério cristão, organize reuniões ilegais, ou até que tenha contato com cristãos (na China, por exemplo). Os cristãos que sobrevivem às torturas são enviados para os campos de concentração. Lá, as pessoas recebem diariamente alguns gramas de comida de má qualidade para sustentar o corpo que trabalha por 18 horas. A menos que aconteça um milagre, ninguém sai desses gigantes campos com vida.

Em setembro de 2007, a revista Newsweek destacou o drama dos cristãos norte-coreanos. Um desertor, Son Jong-nam, converteu-se quando fugiu para a China, onde conheceu um grupo de missionários cristãos. Após certo tempo, ele voltou ao seu país como missionário. Lá, foi detido e acusado de ser espião. Atualmente, ele está no corredor da morte em Pyongyang.

Son cresceu em boas circunstâncias por ser filho de um alto oficial. De acordo com a Newsweek, a esposa dele, grávida, perdeu o bebê depois de ter sido espancada durante um interrogatório na Coréia do Norte, por ter criticado o controle de alimentos de Kim Jong-Il.

Desde o final do século 19, cerca de cem mil norte-coreanos mantêm a fé cristã clandestinamente, segundo cálculos da Newsweek. Até mesmo Kim Il-Sung, o primeiro ditador da Coréia do Norte, falecido recentemente, veio de uma família cristã devota.

De acordo com missionários, os cristãos norte-coreanos mantêm suas Bíblias enterradas nos quintais, embrulhadas em plásticos. Alguns pastores na China oram por doentes e pregam através de interurbanos feitos por telefone celular, segundo a reportagem. Tudo isso num intervalo de tempo que vai de cinco a dez minutos. Os "cultos telefônicos" têm de ser rápidos, e muitas vezes são interrompidos bruscamente, porque a Coréia do Norte usa rastreadores para localizar os telefones.

Motivos de oração

1. Louve a Deus pelo crescimento da Igreja e pela capacidade dos cristãos norte-coreanos de divulgar o evangelho mesmo sob rígidas restrições. Ore para que novas oportunidades de evangelismo sejam descobertas.

2. A situação atual é terrível, mas Deus está usando esse sofrimento para o bem. Portas estão se abrindo para o evangelho à medida que o governo torna-se cada vez mais favorável a aceitar os ministérios cristãos de ação social e humanitária. Ore para que esta pequena abertura na esfera governamental possa expandir-se rapidamente.

3. O povo sofre com a obrigação de cultuar os líderes do país. Ore para que o vazio dessa falsa religião torne-se evidente e para que os norte-coreanos busquem o Deus verdadeiro.

4. Organizações missionárias voltadas para a Coréia prosseguem em sua preparação. Louve a Deus pelo grande volume de recursos que está sendo disponibilizado para ajudar a Coréia do Norte. Ore para que as organizações missionárias encontrem formas de realizar seu trabalho nos dias de hoje. Ore também para que estas organizações estejam preparadas para agir conjuntamente quando as portas do país se abrir para o exterior.

5. Os cristãos coreanos sofrem com a falta de Bíblias. A maioria dos cristãos não possui sua própria Bíblia e muitos não têm sequer acesso a uma. Ore para que ministérios cristãos consigam suprir o país com Bíblias. A maioria das Bíblias tem que ser contrabandeada e equipes de entrega continuam sendo necessárias.

Lição!

sexta-feira, 27 de março de 2009

Eis um grito

quinta-feira, 26 de março de 2009

Quem quer ir por Jesus a estes?

Meu Deus!!!

quarta-feira, 25 de março de 2009

Cinco meses de vai-e-vem no SINE

terça-feira, 17 de março de 2009
Fica distante do Estado de São Paulo pouco mais de 2.200 km.
É a entrada da Amazônia-sudeste; por isso é conhecida como "Portal da Amazônia".

Todo mundo que entra no Estado de Rondônia vindos do Mato-Grosso, tem que passar por Vilhena (é a única entrada) seja pela BR-364 ou pela BR-174. A entrada é aqui.

É uma cidade pequena, tem uma população de quase 80 mil habitantes, porém rica. É a segunda mais rica do Estado, atrás somente de Porto Velho, que é a capital.

Tem algumas indústrias, um comércio em desenvolvimento (onde as coisas que são absurdamente caras) e fazendeiros donos de grandes terras de soja e caminhonetes importadas.

Uma das coisas mais difíceis que foi para conseguir aqui, foi um emprego. Dias após dias eu corria até a agência do SINE atrás de alguma oportunidade; assim foi durante cinco meses.

Nesse tempo, eu conheci uma jovem da igreja que rapidamente me encantou. Era ela a resposta de Deus às minhas orações que já durava cinco anos.
Começamos a namorar no mês de Março e lembro bem que nos dias em que a via, ela me perguntava "o que tens feito hoje?" e eu sempre dizia: fui ao SINE.

Comecei a sentir algumas provas da parte do Senhor e aprendi muito com elas.

Sempre orando, buscando, pedindo a Deus um emprego pois já estava cansado de tanto SINE na minha vida, Ele respondeu...

Em um sábado (19 de julho de 2008), o irmão Miltinho veio até em casa me procurando e disse que na fábrica onde trabalhava estava precisando de funcionários e se eu quisesse um emprego ele me levaria nela no domingo bem cedo.

Sete horas da manhã já estávamos saindo de casa de bicicleta e indo para a fábrica.
Chegando lá conversei com o gerente e ele me explicou que se tratava de uma fábrica de óleo e falou dos setores que precisava de pessoal e as funções, salários, horários e no final perguntou se eu queria trabalhar:

- Claro que sim!
- Se precisar, trabalha aos domingos?
- Sim!
- Pode ser hoje?
- Pode!
- Então vem ao meio-dia e traga a carteira de trabalho.

Cinco meses de tanta correria chegava ao fim.

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Nos próximos posts irei tratar sobre meus últimos 7 meses na cidade.

Orem por mim, e eu estarei orando por vós!

Vidas e Sonhos - II

sexta-feira, 13 de março de 2009
Na noite de 18 de Outubro de 2007, pastor Dario assumiu a direção da igreja. O primeiro hino cantado foi o de número 33 (HC) "Com tua mão segura bem a minha".

A igreja passava por problemas difíceis, porém aos poucos Deus foi dando a solução pra todos eles e ela torna a caminhar.
Ainda em 2007, pastor Dario adquire para a igreja um lote medindo 10x20 mts em um loteamento novo.

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Já em 2008...

11 de Janeiro. Cheguei da cidade de Campinas, vindo de férias e pretendia passar uns 20 dias em Vilhena. (nos próximos post eu pretendo descrever como foi a viagem).

No periódo em que permaneci aqui, a igreja foi alvo de tentativa de roubo por duas vezes; na primeira o ladrão levou um tocador de Cd e na segunda acordamos no momento em que ele tentava arrombar a janela de madeira.

Dias depois o indivíduo foi preso e tudo se resolveu com a mais perfeita tranquilidade.

Quando estava prestes para retornar à Campinas, revelei aos irmãos o desejo de morar em Vilhena, porém iria orar e pedir a Deus a confirmação.

4 de Feveiro. De volta à Campinas, de volta à cidade grande, de volta aos barulhos insurdecedores de carros, pessoas, de volta à "poluição auditiva-sonora-visual". Enfim...de volta a minha vida.

Quando voltei a trabalhar, comecei a sentir um aperto dentro do peito...de repente via aquela cidade como um lugar que já não era mais pra mim estar ali. Acho que chamarei isso de "SÍPESONACIGRA - SÍndrome de PEssoa SOzinha NA CIdade GRAnde".

Nos cultos orava com uma certa amargura dentro de mim, as noites passava em claro e aos poucos tentava ter uma vida normal.
Incensantemente orava e falava com Deus do meu desejo de ir embora para Rondônia, para junto da minha família, e lembrava do chamado que Deus tinha comigo para a missão.

No culto de missões estava sentado no último banco da fileira esquerda da igreja no Satélite Íris e ali ouvi Deus falar comigo; Ele usou o pregador e disse: - Você tem orado a mim e pedindo confirmação se deve ir? Já te chamei faz tempo e eu te enviei, não demores, firme tuas bases e vá!

Naquele instante meus amigos e o pessoal com quem eu morava (Irmã Chaga, Jarder, Jonas, Thiago) olharam para mim com um sorriso de "adeus". Devolvi o sorriso e com a mão deu um tchau.

Uma semana depois, estava de volta em Vilhena e agora era em definitivo.

Por enquanto é só. No capítulo 3, irei tratar do meu primeiro ano na cidade e no capítulo 4, das 3 viagens (Campinas-Vilhena, Vilhena-Campinas e finalmente Campinas-Vilhena)

Vidas e Sonhos - I

quarta-feira, 11 de março de 2009
Nunca havia imaginado que um dia iria cortar por estrada vários estados do Brasil indo em direção á um lugar desconhecido, para fazer ali minha habitação.

Não imaginava deixar para trás amigos, parentes, uma cidade onde eu gostava de morar, um bom emprego, um ótimo salário e ir...embora!

Pois é...a Bíblia diz que os sonhos e os pensamentos de Deus estão muito mais acima dos nossos.
O que eu queria era ali fazer a minha vida, construir meus sonhos, meus "castelos"...mas não foi o que aconteceu.

No ano de 2006 meu pai (pastor Dario) recebeu o convite para ir para o Estado de Rondônia, dirigir a igreja na cidade de Jaru.
Isso me pegou desprevenido, de calças curtas...não queria em hipótese alguma ir para um lugar onde segundo meu modo de ver só existia "mato".

Nos dias em que essa notícia pairava dentro de casa, lembro que minha mãe até brincou comigo:
- Eh Anderson, quero ver o dia em que você vai chegar no véio e pedir a mão da princesinha rondoniense em casamento. (risos)
- Eita mãe....acho difícil isso acontecer porque eu não quero ir e não vou.

Devido à problemas de saúde de um tio meu (hoje ele dorme no Senhor), e insistência de meus avôs para que meu pai não fosse, ele desistiu e de certo modo ficou chateado.

Passado dias...o ministério o transferiu para a cidade de Hortolândia, bem próxima de Campinas, para dirigir a congragação do Nova Hortoândia; alguns meses ali, foi levado para dirigir a casa de recuperação "Desafio Jovem O Semeador".

Enquanto essas mudanças aconteciam, eu ia planejando meu futuro por ali mesmo.

Depois de meses na direção da casa, fomos transferidos novamente para a congregação do Jardim Roseira.
Não demorou muito e percebemos que nossa estadia ali seria curta.

Problemas envolvendo a direção do ministério, brigas, rebeliões e divisão.
Resultado disso: muitos até hoje estão desviados!

Quando a poeira começou a baixar, o pastor presidente apresentou ao meu pai primeiro e depois a todos nós a necessidade da igreja: Vilhena.

Vilhena... é uma cidade rondoniense e precisa urgente de uma nova direção.
E fomos nós os escolhidos.

Eu não pretendia mudar, pois tinha meu emprego. Mas sempre pensava se isso não fosse o chamado de Deus em minha vida para a missão.
A data de mudança estava marcada para Outubro de 2007, logo após as festas de jovens do Jardim Telesp (que foi uma benção).

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17 de Outubro de 2007, chega em Vilhena uma caravana de Campinas composta pelos pastores José dos Santos, Luciano Odon e esposa e pelo meu pai, minha mãe e minha irmã Angela.

Minha família ficou na cidade e o resto prosseguiram viagem até o Acre.
Nesse lugar experimentamos o agir de Deus mais uma vez em nossas vidas de forma sublime e gloriosa.

...mas isso é outro capítulo!

Veja essa

terça-feira, 3 de março de 2009

Senhora dispota a fazer missões